Introdução

Olá, somos alunas da turma 9ºA da Escola Secundária D. Manuel Laranjeira e estamos a participar no concurso do Plano Nacional de Leitura intitulado "Camões, um Poeta Genial". É deste mesmo homem que iremos falar neste pequeno blogue. Trata-se de um poeta que pouco se sabe sobre as suas origens mas marcante na história da Literatura Portuguesa. O imortal cantor das glórias de que Portugal se orgulha, Luís Vaz de Camões, é o autor da obra emblemática, a epopeia nacionalista "Os Lusíadas". Viveu miseravelmente, tendo uma vida turbulenta cheia de acontecimentos que para sempre marcaram a sua personalidade e forma de escrever. A língua que nós hoje falamos e escrevemos é a língua de Camões, a que está nos sonetos, nas redondílhas, em "Os Lusíadas" e nas canções. Ele trouxe outra música às vogais e outra harmonia às rudes consoantes. Este era capaz de dizer o indizível nos seus poemas, conquistando assim o coração de quem os lia. As suas obras ainda hoje são lidas por milhares de pessoas e continuam a marcar a História da Literatura Portuguesa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cronologia da vida de Luís Vaz de Camões

1524 ou 1525: Nasce o poeta
 1548: Auto-exilado no Ribatejo; alista-se no Ultramar.
1549: Embarca para Ceuta; perde o olho direito numa batalha contra os Mouros.
1551: Regressa a Lisboa.
1552: Numa briga, fere um funcionário da Cavalariça Real e é preso.
1553: É libertado; embarca para o Oriente.
1554: Parte de Goa
1556: É nomeado provedor-mor em Macau; naufraga nas Costas do Camboja.
1562: É preso por dívidas não pagas; é libertado pelo vice-rei Conde de Redondo e distinguido seu protegido.
1567: Segue para Moçambique.
1570: Regressa a Lisboa na nau Santa Clara.
1572: Sai a primeira edição d’Os Lusíadas.
1579 ou 1580: Morre de peste, em Lisboa.



2 comentários:

  1. Alma minha gentil, que te partiste
    Tão cedo desta vida descontente,
    Repousa lá no Céu eternamente,
    E viva eu cá na terra sempre triste.

    Se lá no assento etério, onde subiste,
    Memória desta vida se consente,
    Não te esqueças daquele amor ardente
    Que já nos olhos meus tão puro viste.

    E se vires que pode merecer-te
    Alguma cousa a dor que me ficou
    Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

    Roga a Deus que teus anos encurtou,
    Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
    Quão cedo de meus olhos te levou.

    Luiz de Camões (ca. 1560)



    Alma mía gentil, que tan pronto te fuiste de esta vida de amarguras, reposa allá en el cielo eternamente y viva yo en la tierra siempre triste. Si allá en el etéreo asiento al que te alzaste se permite el recuerdo de la vida terrenal, no te olvides de aquel amor ardiente que tan puro veías asomar a mis ojos. Y si algo te conmovieran mi incesante dolor y lágrimas por haberte perdido, ruega a Dios, que abrevió tus días, que para verte me saque de aquí con la misma celeridad que a ti te arrebató a mis ojos. (Mi trad.).

    ResponderEliminar